A Guerra na Ucrânia e os “Putinistas” – Uma justificação afinal necessária

(Armando Rosa, in MaisRibatejo.pt, 27/08/2021)

Sempre pensei não ser necessário justificar as minhas posições gerais sobre a guerra que passa na Ucrânia. Não só por pensar ser por muitos conhecida a minha maneira de estar como elemento de uma comunidade, política e ideologicamente comprometido com a cidadania ativa, mas não afiliado a organizações partidárias ou outras igualmente castrantes do pensamento livre e autónomo. Nunca pactuando com políticas e governos de cariz autoritário ou para-fascista e sempre tendo em conta que os regimes de democracia representativa não são imunes à ditadura do capitalismo e dos mercados, bem como à corrupção desenfreada que geralmente os atola, sempre procurei balancear as minhas opções sociais e políticas, protegendo a minha vida privada, mas, ao contrário de muitos que me podem estar a ler, nunca deixando de dar a minha opinião sem olhar a possíveis consequências que, num meio pequeno e conservador, são sempre escrutinadas e, por vezes mal interpretadas.

Desde que tomei algumas posições públicas sobre o conflito, procurando relativizar o seu contexto e as suas origens,  comecei a sentir o afastamento e muita critica por parte de pessoas consideradas com opinião e conhecimentos acima da média e que faziam parte de um mesmo circulo aonde se perseguem alguns objetivos de cariz interventivo e de cidadania, cuja linha mestra de ação se pode considerar progressista. A alteração do relacionamento foi tal que cheguei a receber aconselhamentos e até intimações mais ou menos veladas, no sentido de ser mais contido ao expressar as minhas opiniões, por eles consideradas heréticas e desfasadas do senso comum, diga-se, discurso maioritário e oficial. Parece não terem conseguido superar alguns preconceitos russofóbicos, ou, então, a superficialidade dos seus conhecimentos, que apenas coletam nas doses maciças da comunicação mainstream oficial e manipulada, não lhes permite outro entendimento.

É de facto triste e preocupante ver pessoas tidas como inteligentes e com informação acima da média, enveredarem por posições que chegam a atingir extremos inquisitoriais e de censura, posições essas que alguns já teriam combatido durante os tempos remotos do anti fascismo e da luta pela liberdade de expressão, mas que presentemente parecem adotar, seguindo a onda persecutória instituída.

No que às minhas posições diz respeito, tenho apenas a dizer a alguns pseudo moralistas, cujo único critério para apoiarem um energúmeno chamado Zelensky, na condução do seu povo à miséria e do seu país à destruição, é o de haver um invadido e um invasor, digo eu que esperava muito mais deles. A falta de informação desculpa-se a quem a ela não tem acesso, mas não se pode aceitar da parte de quem tem formação e meios para aprofundar certos temas que são determinantes para o nosso futuro individual e coletivo.

Nunca relativizei qualquer massacre ou violência gratuita por parte deste invasor, como também não o fiz em relação aos inúmeros crimes praticados pelo invadido. A violência da guerra não pode ser relativizada. É sempre uma catástrofe e uma barbárie. Estranho é que, alguns moralistas do anti-imperialismo, da anti-guerra, ditos de esquerda e que se afirmam pela autodeterminação dos povos, desculpabilizem e relativizem tudo o que se passou na Ucrânia entre 2014 e fevereiro de 2022. Também há os que disso tomaram conhecimento depois de alertados e andem agora numa correria de leituras e de busca de opiniões convenientes, para poderem dizer algo de útil justificativo da sua posição e ignorância inicial.

Os “putinistas”, Zelensky e o amor à  guerra.

Em relação aos indevidamente chamados de putinistas e à denúncia que também fazem da liderança corrupta e criminosa  na Ucrânia, há que ter em atenção que:

  1. Os que apoiam incondicionalmente o poder corrupto na Ucrânia, sabem bem que quem o manipula e quem suporta toda esta guerra e o seu prolongamento, é o único interveniente que está a sair beneficiado e a fazer uma guerra por procuração, sem baixas, nem problemas políticos internos, os EUA.
  2. Criticar um estado e o seu presidente por ser um estado xenófobo, pró nazi e governado por um conjunto de agentes de oligarcas corruptos, não significa ser-se apoiante do invasor e do seu mentor, Putin. Mas é isso que os manipuladores e superficiais querem fazer crer, atirando pedras e invectivando a quem apresenta factos comprometedores para o pensamento oficial.
  3. Os que agora idolatram Zelensky, são os mesmos que aceitaram passivamente e ainda justificam todas as ações terroristas e belicistas patrocinadas por países protegidos pela bandeira da NATO e subservientes aos EUA. Essas ações já provocaram mais de um milhão de civis mortos só neste século, mas, aos seus olhos, parece serem considerados seres humanos de um nível inferior. Não são loiros de olhos azuis…
  4. Os que agora pretendem santificar o comediante corrupto (ver os Pandora Papers), nunca se questionaram sobre a ausência de iniciativas para a negociação da paz, a partir da segunda semana da guerra, quando ainda era possível. Nem questionam o efeito das medidas sancionatórias que, pretensamente seriam dirigidas ao invasor, mas que começam a chegar, lenta mas dolorosamente, às nossas portas e a casa de todos os infelizes povos que atualmente são dirigidos por uma seita manhosa e incompetente, nos gabinetes de Bruxelas.
  5. Os que justificam a necessidade desta guerra para conter os ímpetos imperialistas de Putin, não indicam aonde ou quando isso foi por ele escrito ou dito. Embarcam apenas na narrativa conveniente de quem quer manter o status unipolar da hegemonia no mundo.
  6. Tentar entender as causas desta invasão não é o mesmo que apoiá-la. Não procurar o acesso à informação dos dois lados é deixar-se manipular pela parte a que se está afiliado. A preguiça intelectual e a ignorância são, frequentemente, a origem de muitas certezas.
  7. Os que endeusam Zelensky, desconhecem que foi ele que publicou a Lei dos Povos Autóctones em 2021, lei essa que restringiu direitos de cidadania e de apoio aos russos do Donbass e da Ucrânia e que fez agravar a guerrilha independentista que provocou mais de catorze mil mortos e centenas de milhares de feridos e deslocados, desde 2014.
  8. Não procurar analisar os factos, tal como nos são apresentados dos dois lados, é presumir que só um é detentor da verdade. Endeusar uns e diabolizar outros é a maneira mais confortável de opinar. A clubite doentia dos adeptos de futebol, também reage dessa maneira.
  9. Também há quem chame de putinistas aos que denunciam como medida pró fascista, atentatória dos mais elementares direitos humanos e de cidadania, o encerramento de fronteiras para os cidadãos russos. Esquecem o artigo 13 da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
  10. Quem, indiscriminadamente chama de putinistas a quem vê a guerra pelos dois lados, é quem diz que o relatório da Amnistia Internacional sobre a utilização de civis como escudos humanos, é manipulação ao serviço dos russos, mas que o relatório da mesma entidade sobre Bucha, esse sim, é factual e credível. Como crentes que são, só as “verdades” vindas do ocidente, são credíveis e sem contraditório atendível.
  11. Acusam de putinistas os que, apesar de nunca terem alinhado com as posições russas, perseguem objetivos tendentes ao fim do conflito e denunciam a despudorada mistificação informativa controlada pelos ucranianos e pelos seus aliados mais influentes. Esses ditos putinistas, não se resignam em apenas ficar com a informação oficial publicada e acrescentam aos seus conhecimentos os que têm origem em fontes alternativas de ambos os lados. Divulgar informação proveniente de fontes pro russas ou independentes, é ser putinista?
  12. Os que apelidam de putinistas todos os que se manifestam contra a continuação da guerra e querem o seu fim, são os mesmos que apoiam incondicionalmente a continuação dos massacres de parte a parte e a completa destruição de um país. Estão ao serviço do único benificiário desta guerra, os EUA.
  13. Também há quem chame de putinista a quem considera risíveis as missas diárias do charlatão comediante e onde ele costuma imbecilizar a audiência e ameaçar com o inferno quem não der peso ao cesto das esmolas. Nas últimas eucaristias tem querido convencer os crentes de que a central de Saporija está na iminência de rebentar porque é bombardeada pelos russos que lá estão instalados desde Março. E quem não acredita é putinista…

Há solução política para esta guerra ou só terminará com uma derrota militar de um dos contendores?

Não sou um especialista em qualquer assunto de guerra, mas tenho, como todos nós, uma perceção e um entendimento sobre a evolução possível de um caminho para a paz, coisa que parece ser apenas o desejo dos acusados de putinistas. Qualquer pessoa medianamente informada, sabe que o único caminho para terminar esta guerra é o político e será o das negociações e das cedências repartidas.

O território da Ucrânia atualmente ocupado pelos russos excede significativamente a área que totalizavam, antes da invasão, as províncias do Donbass em luta pela independência/autodeterminação. As cedências terão que ser mútuas e será a altura de a Ucrânia (com ou sem Zelensky) aceitar a desanexação dessas províncias e concordar na sua autodeterminação, com a correspondente autonomia administrativa. Em contrapartida a Rússia cederia todos os restantes territórios ocupados, e que não lutavam pela independência à altura do início da invasão, inclusivamente a central nuclear de Zaporijia. Seriam criadas mais duas (?) nações autónomas e independentes, depois de sujeitas a referendos supervisionados pela ONU. Isto sou eu a sonhar.

Os belicistas alinhados do ocidente apontam a derrota incondicional da Rússia como o objetivo final e único, sabendo perfeitamente que isso nunca será possível sem que a guerra local se transforme numa guerra global, com fortes possibilidades de atingir a fase nuclear.

Pelos vistos é para isso que estão a trabalhar… os condutores do rebanho, os seus ajudantes de campo e a carneirada que os segue.

Não lhes auguro um bom futuro. A eles e a todos nós.

Santarém, Agosto de 2022


Nota: Alguns temas aqui referidos são mais desenvolvidos em dois artigos anteriores, um e Março e outro em Junho, de que seguem os respetivos links:

“A Guerra na Ucrânia e os Novos Inquisidores”: https://maisribatejo.pt/2022/03/14/a-guerra-na-ucrania-e-os-novos-inquisidores/

“A Guerra na Ucrânia e os Superficiais”: https://maisribatejo.pt/2022/06/03/a-guerra-na-ucrania-e-os-superficiais/


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11 pensamentos sobre “A Guerra na Ucrânia e os “Putinistas” – Uma justificação afinal necessária

  1. Que se lixem os erros ou as gralhas, o que interessa são as ideias. A escrita é apenas um veículo para as expressar e eu compreendi tudo. Bom texto.

    • Ia dizer isso mesmo. Interessam é as ideias, independentemente dos typos e outros erros. Eu que o diga, quando escrevo no telwmóvel. Li “saporija” no ponto 13, mas todos percebemos que é Zaporíjia, ou Zaporóje, ou Zaporizhzhia, ou… Nem eles sabem como as próprias terras se hão de chamar. Lol

      Como sempre, as concordâncias são enfadonhas, e eu concordo com o texto quase todo. Vou então só comentar a parte de que discordo.

      “Em contrapartida a Rússia cederia todos os restantes territórios ocupados, e que não lutavam pela independência à altura do início da invasão, inclusivamente a central nuclear de Zaporijia. Seriam criadas mais duas (?) nações autónomas e independentes, depois de sujeitas a referendos supervisionados pela ONU.”

      1) é preciso perceber que se não lutavam pela independência em 2022, não era por não o quererem. Já tinham levado a “vacina” do Donbass, e todos os dias ouviam as ameaças de invasão à Crimeia, e ainda tinham de levar com as forças da “ordem” ultra-naZionalista nas suas ruas, a amarrar gente a postes na melhor das hipóteses, ou a raptar, torturar, e assassinar, nos conhecidos “safaris” de caça aos “negros da neve” levados a cabo por SBU, Azov, e companhia. Como provavelmente aconteceu em Bucha…
      É bom lembrar que em toda a Novorússia (de Kharkov até Odessa, passando por Dnipropetrovsk) houve muita s manifestações anti-Maidan. Foi aí que Yanuchenko foi eleito em 2010. Para essa gente nunca mais houve Democracia! Foi-lhes roubada pelos EUA e seus avençados do Svoboda, Sector Direito, e Azov, desdeo golpe de 2014.

      2) os oblasts de Kherson e Zaporíjia já não serão cedidos pela Rússia. Eu respeito o referendo da Crimeia (sondagens ocidentais confirmam legitimidade dos seus resultados), mas aqui parece-me que será uma farsa no dia 11-Setembro, só para oficializar a coisa.
      Ainda para mais nesta altura em que tantos residentes estão fora, refugiados. Se só votamos que lá resistem (provavelmebte esmagadora maioria pró-Russa), os resultados seriam sempre muito diacutíveis.
      Era possível a Rússia ceder estes oblasts em Março. Depois do Ocidente proibir aquele acordo de paz (depois de violar os de Minsk), já não se pode confiar na palavra daquela gente em Kiev, Paris, Berlim, Londres, Bruxelas, e Washington. Agora os factos fazem-se no terreno.

      3) a Central Nuclear em parricular, em Energodar, nunca voltará a ser Ucraniana. A Rússia conquistou/libertou essa parte do oblast de Zaporíjia, está a arcar os custos da reconstrução, do funcionamento no dia a dia, e ainda por cima continuava a dar energia à Ucrânia a Norte do rio Dnieper, provavelmente de borla, pois não estou a ver Kiev a pagar por algo que considera seu.
      Entretanto, a Central foi sucessivamente bombardeada pelos militares ucranianos, até mesmo com armas cedidas pelo Ocidente (M777, Caesar, HIMARS). A partir daqui estará encerrada, por motivos de segurança, e gostava de saber de os próprios ocupantes/libertadores ficaram com falhas de electricidade no Sul do oblast de Zaporíjia e em Kherson.
      Porque raio iria agira a Rússia dar a central aos terroristas?

      4) tal como a guerra no Donbass comprovou, a “solução” de nação autónoma não funciona. Os lunáticos belicistas da ditadura Ucraniana e seus chefes da NATO, poderiam fazer mais tarde o mesmo que fizeram em 16-Fevereiro-2022: re-começar a guerra com milhares de bombardeamentos diários contra zonas civis dos “sub-humanos”, em violação dos acordos de PAZ anteriores, para lhes mostrar que quem decide a independência não são os povos, mas sim Washington e Kiev.
      A Rússia aprendeu a lição, o Donbass aprendeu a lição, e até eu aprendi a lição. Assim sendo, os de Zaporíjia e Kherson ou aprenderam também a lição, e como tal irão fazer parte da Rússia (só isso impedirá os massivos bombardeamentos Ucranianos), ou a Rússia(como expliquei no ponto 2, vai impor a lição mesmo a quem ainda não a aprendeu. E muito sinceramente, parece-me a melhor opção.

      5) quanto aos referendos terem de ser supervisionados pela ONU, isso era dantes, quando a ONU ainda era neutra (tem sido vergonhosa a tomada de posição de Guterres nalguns temas a favor de quem lhe passa o cheque: EUA, Israel, etc), e antes do Ocidente fazer o que fez no Kosovo, no Sahara Ocidental, e na Catalunha, só para dar 3 exemplos, e para nem entrar no tema da Crimeia, que já devia ter sido reconhecida Mundialmente como território Russo legítimo, pois é essa a vontade de quem lá vive e votou livremente (ao contrário dos que ficaram na ditadura Ucra-naZionalista).
      A partir daí, e das posições nojentas e com ZERO coerência e ZERO democracia do Ocidente, a Rússia fará o que se tem fartado de explicar, e eu concordo a 100%: se a “rules based world order” é regras para uns, e “faço o que me apetece” para outros (os Ocidentais, em particular os EUA/NATO), então até haver uma ONU que se possa levar a sério, até a Nova Ordem Mundial Multipolar estar implementada, e enquanto se verificar a hipocrisia e até Neo-Colonialismo do homem branco Ocidental, a Rússia está-se marimbando para o que dizemos para estes lados. É lidar. Desde que o povo Russo perceba as decisões do Kremlin e da Duma, e esteja de acordo, é só o que interessa aos patriotas que governam, chame-se Putin, Medvedev, ou outro qualquer (aqui está outra coisa que muitos não percebem, e a propaganda Ocidental ainda piora a percepção: isto não é o “ai ai um indivíduo mauzão chamado Putin”, isto são sentimentos nacionais, decisões colectivas e quase unânimes, e uma questão vital, de sobrevivência perante o real invasor e agressor: EUA via braço armado da NATO, seus vassalos Europeus do Império das Mentiras, e seus NAZIS amestrados).

      Como o Bielorusso Dima (do “Military Channel” no Youtube) diz, após 11-Setembro, ou a Ucrânia aceita finalmente estes factos no terreno, ou a Rússia irá para a fase 3, que custará ainda mais território à NATO…
      Primeiro entram os soldados regulares (conscripts) no novo território Russo (Kherson e Zaporíjia) para garantir as fronteiras e a paz. Depois os soldados da Operação Militar Especial (vejam os nomes das invasões da NATO/EUA para perceberem porque a Rússia ironicamente usou este nome…) irão conquistar/libertar o que falta da Novorússia, em 2022, e em 2023.
      Ou seja, ou só faltam 15 dias de guerra, ou faltam pelo menos mais 1 ano e meio. O Ocidente assim pediu, a Rússia assim respondeu.
      Mas lixaram-se pois, como dizem alguns pró-Russos em tom de brincadeira, o Putin joga Judo, e no Judo usa-se o peso e o ataque do adversário contra ele próprio. Quanto mais Kiev recusar a PAZ, e mais o Ocudente insistir na loucura, pior será para nós, e mais perto a Rússia estará de conquistar/libertar toda a Novorússia e quiçá toda a Ucrânia a Este do rio Dnieper.

      O ideal, perante tudo isto e o que vai acontecer à Europa, era o quê? Obviamente a paz, cumprindo acordos de Minsk, pressionando o regime de Kiev a desnazificar por si (i.e. a emendar o crime cometido pela interferência doa EUA pelo menos desde 2004, 2008, e 2014).
      O ideal era a Europa ter crescimento, energia barata, boas relações com a sua vizinha Rússia, um acordo de Segurança como Putin propôs, e não ter inflação nem frio nem as ondas de revolta que aí estão a chegar.
      Até parece que o verdadeiro inimigo de Washington era Paris e Berlim, e que os totós por cá não se enxergam sobre quem é o nosso maior problema…
      Vamos lá então destruir mais estátuas históricas (nos países Bálticos), como se fôssenos do Estado Islâmico ou fôssemos os neoNazis que já as rinham tentado destruir antes, pois celebrar a vitória em 1945 é algo que os incomoda… e vamos chamar “putinista” a quem se lembra da história toda, refere os factos, e faz avisos pertinentes sobre o futuro. O que é que há de correr mal?

  2. Mas porque é que os que consideram Zelensky um palhaço é corruptos, que o é de facto e não expõem os podres de Putin que é bastante mais corruptos, ao que consta é um dos homens mais ricos do planeta( concerteza obtida através do seu ordenado anual de cerca de 149.000 dólares!!!).Já para não falar no tratamento exemplar que dá aos seus adversários políticos (prisão, envenenamento, execuções sumárias, suicídios encenados de oligarcas discordantes…e já vão 7!!!.Financiamento de partidos “democratas” de Marie Le Pen, Liga do Norte, Vox e provavelmente num futuro próximo do nosso Chega.E a interferência nas eleições dos EUA(aliás o Trump considera o Putin um génio!!!…pudera…foi ele que o ajudou a ganhar as eleições!!!
    E o Grupo mafioso WAGNER que actua sob a sua alçada e financiamento na Ucrânia e na República Centro Africana, com a exploração dos chamados diamantes de sangue…e ou apoio ao “democrta” Maduro tendo deslocado para a capital Venezuelana tropas especiais!!!E a invasão da Geórgia e os massacres na Tetchénia??!!Ah…o Putin é um santo homem,democrata e impoluto…!!! Tenham vergonha não denunciem somente os Zelensky exponham também os podres do ditador da Federação Russa!!!

    • Os dias estão a passar e estou a descobrir o máximo que posso sobre o que se está a passar, incluindo, a derradeira heresia, entre os pró-russos. Pouco a pouco a minha opinião vai-se fortalecendo e acredito que somos liderados por idiotas muito, muito altos que estão convencidos de que, como no passado, os únicos que vão pagar, inclusive com as suas vidas, são os pobres da classe média. Pensam que as suas contas em paraísos exóticos são intocáveis e equacionam isto com invulnerabilidade. A sua ignorância da história e das civilizações é abismal. Em cada curva, eles demonstram a sua estupidez perante os líderes que defendem o seu modo de vida e o seu país enquanto os nossos defendem os seus bens e as suas carreiras. Putin, Xi e os outros não são estúpidos ou loucos de todo, recusam-se a tornar-se escravos do sistema decadente ocidental.

      Não é uma luta pela partilha do mundo, é uma resistência até ao fim da Rússia e da China contra a arrogância predatória do império americano. É uma guerra económica, cultural e civilizacional para a sobrevivência da humanidade. O seu oposto não é o fim do mundo, mas sim o transhumanismo, a deculturação e a escravização dos povos pela alta finança maçónica e satânica ocidental. A União Europeia é uma engrenagem importante neste movimento americano que promove o derrube total dos valores cristãos e das civilizações orientais. A melhor prova é a integração dos batalhões nazis na Guarda Nacional Ucraniana e o silêncio da UE face à ascensão do nazismo na Ucrânia. Os nazis são a ala armada dos predadores e a Ucrânia é apenas um recreio para os malfeitores em acção. Caso contrário, como explica a ajuda militar e financeira à Ucrânia, que apenas perpetua uma guerra sem esperança para este país maltratado e desamparado? É tudo pretexto, propaganda e mentiras.

      Claro,o Putin não é nenhum menino de coro,é preciso saber falar com ele e dialogar,uma coisa que o ocidente rejeitou..Falarei na oligarquia russa,america e europeia,tudo junto e certamente vai ter uma supresa..

  3. A Europa Ocidental tem apenas mais 20 a 30 anos de democracia; depois disso deslizará sem motor e sem leme sob o mar envolvente da ditadura (…)
    Willy Brandt, chanceler da República Federal da Alemanha, 1974

    • A partir de 2025 entra a ditadura..A ditadura digital …o euro digital vem com uma explosão do euro. Por outro lado, não haverá mais notas em circulação …

      Escrevi sobre isto à algum tempo,mas fui insultado tantas vezes que tive que desistir.

      A teia de aranha continua a tecer-se para nos prender inexoravelmente, e tornar as coisas cada vez mais virtuais para que os cidadãos já não controlem nada de uma forma palpável. (Nada é meu, tudo é deles), entre créditos e dinheiro virtual, este é o hábito/sentimento diário com que estamos a ser inculcados pouco a pouco até ao dia em que achamos normal ser despojado do mais pequeno cêntimo, porque é o fiscal ou o banco, ou um órgão especial de gestão que controlará e gerirá com autoridade as nossas despesas e bens. Uma espécie de tutela estatal para cada cidadão, enquanto os bilionários, grandes empresas e outros financiadores ricos receberão generosamente dinheiro do Estado, que será retirado numericamente dos nossos impostos. Mão e pé amarrados.
      A vida não é bela?
      Ah, quão bela é a democracia da ditadura do agora Rei do Dinheiro digital.
      E ainda ouço alguns dizerem que pelo menos nós, em Portugal, estamos em democracia e que gozamos de liberdades democráticas.
      Mas olhem à vossa volta para o panorama catastrófico a todos os níveis da nossa sociedade e do nosso mundo!
      Sentem-se realmente livres?
      Estamos a caminhar directamente para a mais indigna e vil servidão voluntária, e para a realização do mundo desumano e sem esperança, tal como descrito por Orwell. A menos que deixemos de acreditar que os especuladores imundos que dirigem um planeta entregue aos vários lobbies que o estão a destruir inexoravelmente, graças à globalização sem lei, que nos empurra para o extremo da mais crua ignorância, tanto cívica como política (no sentido nobre da palavra) e da mais desumana complacente desesperada, são capazes de tomar consciência das consequências do seu vício para a droga mais dura e mais difícil de curar que existe: o do poder através do dinheiro que apodrece quem se entrega a ele, como uma classe capitalista obcecada pela acumulação de lucros máximos a curto prazo, graças ao empobrecimento perpétuo do resto da população. Enquanto, graças à crise, a classe privilegiada está a colher (é oficial) mais milhares de milhões em ajuda estatal e lucros.

      É um dos maiores bilionários do planeta Warren Buffet se não o maior, que nos diz :
      “Sim, a luta de classes existe! e é a nossa classe que a está a ganhar!”!
      Dada a sua monstruosa filmagem para a adoração do Bezerro de Ouro que mencionei acima, desistir da esperança de que estas pessoas como um todo e como uma classe privilegiada dominante tenham a capacidade de se emendarem e voltarem à razão e ao simples bom senso para pôr fim aos seus erros, às privatizações aceleradas para melhor destruir todos os serviços públicos, até à Educação Nacional,saude aberta a todos para promover a igualdade nos direitos e a emancipação humana de todos os cidadãos.
      Todos são livres de pensar o que quiserem! Pela minha parte, no crepúsculo da minha vida, quanto mais observo, me informo e comparo em toda a objectividade, e tendo em conta os avanços, os benefícios, os retrocessos sociais dramáticos e predatórios actuais, a todos os níveis, e para todas as gerações mais ou menos afectadas, e os erros trágicos da história da humanidade, tanto menos me parece possível que o sistema capitalista ultra liberal possa ser razoavelmente organizado para o bem de todos. Pois é com o objectivo do bem de todos e da emancipação humana em harmonia com a natureza respeitada e protegida como a sua diversidade graças a uma ecologia suficientemente radical, honesta, incorruptível em relação aos lobbies agrícolas e a todos os outros. Quanto mais penso que são absolutamente necessárias salvaguardas contra as várias derivas de qualquer gestão política social e económica que minaria a legítima escolha sistémica de uma filosofia do sentido da vida, da utilidade de cada pessoa para si próprio, para toda a sociedade e para o nosso ambiente.
      Isto daria todo o seu significado à adequação da gestão política, social, cultural e industrial inovadora, favorecendo o emprego em todos os sectores possíveis, incluindo o digital, mas também o artesanal e outros sectores, resultante de uma ecologia bem pensada e reflectida colectivamente, local e nacionalmente, para uma economia de partilha, de equidade, permitindo a justiça social, apelando à criatividade de todas as gerações, e de todo o país.
      Caso contrário, de que serve trazer uma criança ao mundo se é para lhe dar um presente envenenado, num mundo de valentões, incluindo valentões de fala mole com motivações e decisões cruéis e implacáveis. Um mundo insuportável onde nunca terá uma palavra útil, nem qualquer hipótese ou muito pouca esperança de uma educação ou formação profissional satisfatória, e onde sofrerá a supremacia mais ou menos autoritária, se não ditatorial, de uma casta privilegiada que monopoliza o bem comum e destrói tudo o que costumava fazer com que se sentisse seguro e protegido, e com que desfrutasse de condições de vida e de trabalho habitáveis.

      Estou cansado de não compreenderem que a sua utopia de dinheiro electrónico falhará, tal como não conseguem compreender o resto.

      O dinheiro electrónico requer muita energia e com a moda do moinho de vento, vamos rir, preto, claro.

      Além disso, uma economia sustentável necessita de uma certa taxa de circulação de dinheiro fora do circuito do mercado, para ter a criança ao lado a cuidar dos seus filhos, para comprar alguns ovos aos vizinhos que têm galinhas, para avançar alguns trocos para um amigo, etc., etc., etc., ………

      Esta moeda electrónica faz parte de um esquema utópico que, como todas as utopias, irá desaparecer.

      O único ponto positivo em tudo isto é que estamos de facto a chegar ao fim deste projecto louco e absurdo, o que só pode significar o seu fim e desaparecimento iminente.

      Não são as civilizações que são mortais mas os impérios, a Europa já não é composta por países imperiais mas colonizada pelos EUA, sendo o euro apenas um substituto do dólar, e a União Europeia um ersatz dos Estados Unidos da América, um sonho debilitante oferecido pelos mentores.

      Um euro digital é simplesmente um euro pelo qual se abdica do direito de obter uma moeda ou uma nota em troca desta unidade monetária. Claro que pode pagar pelas suas compras e até comprar ouro com este euro digital. Até se pode poupar. Mas se ocorrer uma crise monetária, e a sua confiança no seu banco for afectada, poderá querer “tocar” no seu dinheiro. Mas não pode, porque desistiu quando o aceitou como pagamento. A partir daí, torna-se muito fácil para um banco central, através do intermediário dos bancos a ele sujeitos, decidir durante a noite que os euros que tinha na sua conta corrente ou poupança foram esgotados por algumas unidades para salvar os bancos centrais. De facto, a destruição monetária segue geralmente a criação monetária quando a riqueza produzida não corresponde ao volume de crédito da economia. A isto chama-se uma crise financeira e/ou monetária, e ao contrário do exemplo da Grécia ou Chipre , onde os levantamentos tiveram de ser proibidos durante o tempo necessário para deduzir 10% das contas, o que nunca é muito bom para a confiança, aqui não há necessidade de proibir os levantamentos, porque já os desistiu antecipadamente.

      No final, as moedas bitcoins e outras moedas virtuais foram precursores. O que chocou os nossos líderes não foi o facto de serem virtuais, mas o facto de terem sido criados por , por interesses privados. Por outro lado, criado pelo BCE, desta vez todos concordam. Mas eles serão esmagados pelo rolo compressor da globalização.

      As moedas digitais não sobreviverão à emergência da computação quântica, na qual os GAFAs e os serviços secretos (NSA em particular) estão a trabalhar. A partir daí, adeus cadeia de bloqueio, palavras-passe, anonimato, etc. As consequências são incalculáveis.

  4. Tantas palavras |…. Tantas críticas á Ucrania.!……
    Eu devo não ter lido bem. Então a Rússia , o agressor , tem um regime democrático , imprensa livre , partidos políticos, liberdade de expressão e associação.
    Nazis, protofascistas são os Ucranianos , os agredidos !…………
    Já não há pachorra para ler estes escritos …………….

  5. Bem digno de apreço, este texto. Apenas incorre num erro. Se são verdade, e são, as afirmações sobre o comportamento da OTAN (leia-se EUA) , da qual o maldoso Zelensky é o títere de serviço, então não se pode deixar de apoiar Putin como porta-voz da Federação Russa, ao tomar a decisão de realizar uma acção militar, custosa de muitas vidas. O Exército Russo tem de cumprir os objectivos traçados. As minhas saudações.

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